terça-feira, 29 de julho de 2008

Cactos

Só a água limpa, só o vento assopra,
só a chuva cai, só o amor constrói.
Só, no dentro de mim, só eu.
Nem sol, nem chuva, nem flor, nem luz, nem ar.
Até faltar o fôlego e chover água salgada do meu olho.
Onde chorar coração de alma lavada pra poder
colher o que se planta quando a terra é seca?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Da eternidade

-Mãe, eu quero morrer poesia.
- Tá doida menina, vira essa boca pra lá.
Desassustada da vida, ela morreu
e sangrou seu último gole de cachaça na boca da noite.

domingo, 20 de julho de 2008

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Eu, passarinho

Engoli um bem te vi.
Agora ele avoando dentro de mim
Faz um frio na barriga
Faz parecer que tô apaixonada
O tempo inteiro.
E desde então,
Disparei a cantar, Dia e noite,
E me aconteceu uma mania estranha
de acompanhar a lua,
mas ele não me ensinou a voar.
Então eu choro, ele ri.
E ela continua toda beleza lá no céu.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

domingo, 13 de julho de 2008

E faz frio em mim

Bom seria se as angústias
fossem embora com a sujeira do corpo.
Como se a cada banho surgisse nova alma, novo sonho.
Agora tenho o corpo limpo, mas tenho um dia triste.
E as minhas angústias continuam sendo à prova d´água.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Das Dores

De tantos amores,
acabou amando sozinha.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Saudade

Do cheiro do verãoDas noites da minha infância
Era um cheiro morno, doce. Às vezes, já moça feita
Ele me vem à lembrança. E como é bom senti-lo
Novamente em meio à confusão da vida crescida, volto a ser livre
Como era quando criança, onde minha maior
Alegria era sentar na calçada em frente minha casa
Ou da casa dos vizinhos e ficar estendida Por horas.
A liberdade não é nada mais do que isso,
Do que o cheiro das noites de verão de minha infância,
Com o céu lotado de estrela, as cigarras explodindo de cantar ao pôr do sol,
E as pessoas sendo tão humanas que se sentiam felizes.
E eu sei que naquele momento existia também amor na sua forma mais gostosa.