sexta-feira, 18 de novembro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Religação
Existe um fio de grilo no cricrilar insano da babilônia.
Nem tudo está perdido, pensa ela em meio à sua majestosa solidão.
Ainda restará a última perninha daquele inseto verde que acalenta o sono perdido.
Enquanto ele canta, a cidade de almas partidas repousa sua loucura.
Porque ainda existe o essencial.
E sempre.
domingo, 2 de outubro de 2011
Um domingo à beira mar
Os sonhos da infância, sempre recheados de sal e areia
Eram agora o toque concreto dos pés com o chão.
Ela tinha no ventre a esperança do infinito.
E os olhos estavam cheios de azul,
Já se sentia o vento fresco de verão
E as folhas das casas dançavam ao seu encontro.
Ela havia se entregado ao universo.
E sentia a presença do deus em cada parte de seu corpo.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Abjeto
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Eu sou
Agora sei que a vida é feita de lutos.
Luto do começo ao fim.
Luto quando saio à rua e ela me arranca as forças mais íntimas e preciosas.
A cada instante que se abre se morre, e fim.
O luto me chega aos ouvidos, como criança que não aprendeu a perder.
Ouço seu gemido no fundo da noite.
O gemido do luto, a falta dos pais, a falta dos amigos a falta da vó, a revolta.
E quando aceito morrer me colocam sobre os ombros o luto dos outros.
Eu que nem aprendi a orar segurando o coração dos outros para que não explodam em minhas mãos.
É preciso ser forte pra acabar-se de ausências...
Luto do começo ao fim.
Luto quando saio à rua e ela me arranca as forças mais íntimas e preciosas.
A cada instante que se abre se morre, e fim.
O luto me chega aos ouvidos, como criança que não aprendeu a perder.
Ouço seu gemido no fundo da noite.
O gemido do luto, a falta dos pais, a falta dos amigos a falta da vó, a revolta.
E quando aceito morrer me colocam sobre os ombros o luto dos outros.
Eu que nem aprendi a orar segurando o coração dos outros para que não explodam em minhas mãos.
É preciso ser forte pra acabar-se de ausências...
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Flores para quê?
Há algum tempo não sei da vibração colorida da alma.
Sinto ódio da morte e não me caibo no instante de ser.
Vejo a transfiguração do meu medo num rosto pálido de mulher insana,
Fodida.
De que vale o viver se o sentido do fim não se concebe em mim.
Sou apenas um pó no espaço, próxima do instante infinito.
Eu tenho medo do infinito.
E isso tem me acompanhado dia e noite,
doce paranóia que me alimenta a neurose de existir.
Sinto ódio da morte e não me caibo no instante de ser.
Vejo a transfiguração do meu medo num rosto pálido de mulher insana,
Fodida.
De que vale o viver se o sentido do fim não se concebe em mim.
Sou apenas um pó no espaço, próxima do instante infinito.
Eu tenho medo do infinito.
E isso tem me acompanhado dia e noite,
doce paranóia que me alimenta a neurose de existir.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Do caos ao Cosmos
Esta noite sonhei estrelas.
Desejo impregnado à força,
Doença inconsciente, tardio e vencido.
Quanta tristeza se dá ao saber consciente de suas vontades doentias.
Como posso também culpá-lo
Se se sentir humano é tão vasto e contraditório.
Se é possível libertar a dor, se ausentar de paranóia?
Somente no tempo cotidiano se faz despachar
os fantasmas da memória.
Agora minha raiva se refaz.
E a estrela que sonhei tem um brilho cruel.
Porque se perdeu em olhares humanos
E todos os olhos nos roubam a alma.
Desejo impregnado à força,
Doença inconsciente, tardio e vencido.
Quanta tristeza se dá ao saber consciente de suas vontades doentias.
Como posso também culpá-lo
Se se sentir humano é tão vasto e contraditório.
Se é possível libertar a dor, se ausentar de paranóia?
Somente no tempo cotidiano se faz despachar
os fantasmas da memória.
Agora minha raiva se refaz.
E a estrela que sonhei tem um brilho cruel.
Porque se perdeu em olhares humanos
E todos os olhos nos roubam a alma.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
sem senso
As coisas não são bem assim, ela disse.
Era dia de semana e ela já estava ausente de tempestades.
Era tempo de voar, mas havia muitos pássaros morrendo pelos ares.
Soube ficar calada e engolir uma culpa que não era sua.
Só pelo prazer de existir, desandou os pés sem rumo.
Animalmente
Amar nunca seria um descanso.
Era dia de semana e ela já estava ausente de tempestades.
Era tempo de voar, mas havia muitos pássaros morrendo pelos ares.
Soube ficar calada e engolir uma culpa que não era sua.
Só pelo prazer de existir, desandou os pés sem rumo.
Animalmente
Amar nunca seria um descanso.
Assinar:
Postagens (Atom)