segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Flores para quê?

Há algum tempo não sei da vibração colorida da alma.
Sinto ódio da morte e não me caibo no instante de ser.
Vejo a transfiguração do meu medo num rosto pálido de mulher insana,
Fodida.
De que vale o viver se o sentido do fim não se concebe em mim.
Sou apenas um pó no espaço, próxima do instante infinito.
Eu tenho medo do infinito.
E isso tem me acompanhado dia e noite,
doce paranóia que me alimenta a neurose de existir.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Do caos ao Cosmos

Esta noite sonhei estrelas.
Desejo impregnado à força,
Doença inconsciente, tardio e vencido.
Quanta tristeza se dá ao saber consciente de suas vontades doentias.
Como posso também culpá-lo
Se se sentir humano é tão vasto e contraditório.
Se é possível libertar a dor, se ausentar de paranóia?
Somente no tempo cotidiano se faz despachar
os fantasmas da memória.

Agora minha raiva se refaz.
E a estrela que sonhei tem um brilho cruel.
Porque se perdeu em olhares humanos
E todos os olhos nos roubam a alma.