quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dia de chuva

Quando minha avó me punha no balanço,
eu dava salto como que ia voar.
Era passarinho, feito anjo quase.
Ela me fazia acreditar no Deus
que existia antes de mim.
Me deu bolo, me deu fé.
Meu avô me levava ao boteco,
tomava uma cachaça e me sobrava
um doce de amendoim ou um chocolate.
Ele me trazia, à noite, um cheiro de pipoca
que até hoje me alivia a alma.

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