segunda-feira, 25 de junho de 2007

As coisas (ou eu mesma).

Minha casa contém fitas de cetim que servem para filtrar. Enquanto balançam suavemente no meio do caminho, passam por elas o sim e o não. As coisas todas têm uma função, não em si, mas com relação ao todo. Há ainda espaços vazios, objetos guardados. O tempo, porém, sabiamente pede para que se façam presentes somente em seus devidos momentos presentes.
Sinto a dor desses espaços vazios, às vezes sinto-a em forma de lágrimas insistentes em que mergulho minha face. Faço parte da casa e carrego o que está nela. A lua lá fora vai vigiando tudo e, alguma vez, empresta sua claridade para alumiar.
Está prestes a se tornar um sol, a se deparar com aquilo que tentou dividir e não pôde.

3 comentários:

Mondobeat disse...

gosto muito...

Mondobeat disse...

gosto muito...
edgar

Renata Egreja disse...

O tempo, porém, sabiamente pede para que se façam presentes somente em seus devidos momentos presentes.
incrivel isso li...
vc resumiu lindamente coisas extremamentes completas de entender e sentir...