terça-feira, 24 de junho de 2008

Caso de amor

Tristeza chata, pouca, amarrotada.
Que me corta as peles e o lençol
De dar nós no emaranhado dos meus fios.
No firme remelexo dos quadris.
Sólida, fria, cansada.
Tristeza sem fim,
Senhora das misérias,
Das noites geladas.
Tristeza inacabada, rouca, fiel.
Tristeza enamorada.
Que se demora em minha cama,
Devora minha calma, minha lama.
Minha falta de amor.
Atrevida.
Deita no meu colo e se estica.
Vai logo companheira,
Que eu demoro pra passar.
Sai das minhas costas,
vai pesar noutro lugar.

2 comentários:

marli disse...

Oiee que jeito legal de afastar o mau humor... muito linda a sua linguagem poética

Thyago Bezerra disse...

essa "caso de amor" doeu mas que os meus proprios!!



"O senhor sempre esta a minha porta,
mas de tanta ferrugem a maçaneta emperrou
preciso urgentemente
trocar o oleo, uma roupa nova, ou um grande Amor
Tenho medo de comigo estar mal acompanhado"