Esta noite sonhei estrelas.
Desejo impregnado à força,
Doença inconsciente, tardio e vencido.
Quanta tristeza se dá ao saber consciente de suas vontades doentias.
Como posso também culpá-lo
Se se sentir humano é tão vasto e contraditório.
Se é possível libertar a dor, se ausentar de paranóia?
Somente no tempo cotidiano se faz despachar
os fantasmas da memória.
Agora minha raiva se refaz.
E a estrela que sonhei tem um brilho cruel.
Porque se perdeu em olhares humanos
E todos os olhos nos roubam a alma.